Resenha: As mil partes do meu coração

24.12.18
Sinopse: "Para Merit Voss, a cerca branca ao redor da sua casa é a única coisa normal quando o assunto é sua família, peculiar e cheia de segredos. Eles moram em uma antiga igreja, batizada de Dólar Voss. A mãe, curada de um câncer, mora no porão, e o pai e o restante da família, no andar de cima. Isso inclui sua nova esposa, a ex-enfermeira da ex-mulher, o pequeno Moby, fruto desse relacionamento, o irmão mais velho, Utah, e a gêmea idêntica de Merit, Honor. E, como se a casa não tivesse cheia o bastante, ainda chegam o excêntrico Luck e o misterioso Sagan. Mas Merit sente que é o oposto de todos ali.
Além de colecionar troféus que não ganhou, Merit também coleciona segredos que sua família insiste em manter. E começa a acreditar que não seria uma grande perda se um dia ela desaparecesse. Mas, antes disso, a garota decide que é hora de revelar todas as verdades e obrigá-los a enfim encarar o que aconteceu. 
Mas seu plano não sai como o esperado e ela deve decidir se pode dar uma segunda chance não apenas à sua família, mas também a si mesma. As mil partes do meu coração mostra que nunca é tarde para perdoar e que não existe família perfeita, por mais branca que seja a cerca."

Eu amo os livros da Colleen Hoover, mas é claro, que tem alguns que não me encantaram tanto quanto outros. Esse ano, por exemplo, a Galera Record lançou três livros dela e os dois primeiros "É assim que acaba" e "Tarde Demais" não me conquistaram tanto quanto os demais dela e comecei a achar que tinha perdido o encanto, mas aí veio "As mil partes do meu coração" que me fez voltar a ser a fangirl de Colleen.

Esse livro vai contar a história de Merit Voss, sua família e os dois novos moradores da casa Voss. Todo mundo no local é cheio de segredos, ninguém discute os problemas e Merit se sente cada vez mais sufocada pelas verdades não ditas. Além disso cada personagem tem uma característica peculiar, Merit coleciona troféus que não ganhou, sua irmão gêmea só namora garotos com doenças terminais, o irmão sempre arrumadinho gosta de escrever pensamentos estranhos no letreiro na porta de casa, a mãe  nunca sai do porão da casa e o pai é um ateu que vive em uma igreja.

A escrita de Colleen nesse livro me lembrou muito de "Caso Perdido" e "Talvez um dia", que tudo vai se desenrolando e de repente temos uma revelação que bagunça toda história, mas que é a maneira de solucionar os problemas. Tem também a leveza com que a autora aborda assuntos importantes, neste a saúde mental é o tema central.

Não consigo colocar em palavras o tanto que gostei desse livro, me diverti, me emocionei e me encantei pelos personagens. "As mil partes do meu coração" é um clássico Colleen Hoover, para fãs e para quem quer começar a ler algo da autora. Uma preciosidade de livro.

Até o próximo post!

Resenha: Corte de Gelo e Estrelas

17.12.18
Sinopse: "Feyre, Rhys e seu círculo íntimo de amigos ainda estão ocupados reconstruindo a Corte Noturna e tentando manter a paz, conquistada a base de muito esforço e perdas pessoais, após a queda da muralha.
Mas o Solstício de Inverno finalmente está próximo e, com isso, um alívio merecido. Compras, festas, celebração e a promessa de dias tranquilos. A atmosfera festiva não consegue, entretanto, impedir que as sombras da guerra se aproximem.
Em seu primeiro Solstício como Grã-Senhora, Feyre ainda lidando com os horrores do passado recente, e percebe que seu parceiro e sua família têm mais cicatrizes do que ela esperava – cicatrizes que podem impactar o futuro, e a paz, de sua Corte."

Me apaixonei pela série "Corte de Espinhos e Rosas" desde o primeiro livro e me apaixonei novamente com suas continuações, mesmo com suas viradas na história e inversões de papéis, na verdade foi exatamente isso que me encantou. Então aguardei ansiosamente por qualquer detalhe de como estava a vida de cada um dos personagens e "Corte de Gelo e Estrelas" foi pra mim exatamente isso, uma maneira de mostrar como estavam todos depois da guerra.

O livro, que na verdade é apenas uma novela, vai mostrar a Corte Noturna se recuperando da guerra, todos tem que lidar com algo, e os horrores que viveram não se apagam tão facilmente, é gradativo e doloroso. Feyre e Rhysand são um caso a parte, os dois já viveram o pior dos traumas e agora finalmente encontraram a felicidade, mas se sentem egoístas por exibirem essa alegria que os envolve. 

Além das pessoas que vivem na Corte Noturna, como Feyre e suas irmãs, Rhysand, os Illirianos, Mor e Amren, vemos também o que aconteceu a Corte Primaveril e a Tamlim, que apesar de ter dado um presente a Feyre, não conseguiu seguir com sua vida.

Esse é o tipo de história que me conquista, em que não há um final feliz real, tem rachaduras e não é tão simples se recuperar dos horrores da guerra. Todos estão devastados, mas não basta apenas esperar para que tudo melhore é preciso fazer algo.

O livro teve sua cota de romance e Feyre e Rhysande se mostraram ainda mais apaixonados e é tão lindo ver o quanto os dois são gratos por terem um ao outro. Claro que em vários momentos Rhysand ainda é inseguro sobre se é digno de tudo aquilo, mas nada clichê. Um casal que me encanta.

Terminei a novela querendo mais e desejando que as próximas histórias sejam tão incríveis quanto a dos grãos-senhores da Corte Noturna.

Até o próximo post!

Resenha: O Gosto da Tentação

10.12.18
Sinopse: "Lady Emeline Gordon é um exemplo de sofisticação entre a elite da sociedade londrina, uma mulher sempre elegante e extremamente educada. Por isso, ela é a dama perfeita para acompanhar Rebecca, a irmã mais nova de um bem-sucedido homem de negócios de Boston e ex-soldado das colônias. Samuel Hartley pode até ser um homem bem-afortunado, mas seus modos são tão selvagens quanto os confins das colônias onde foi criado. Afinal, quem usaria mocassins em um baile de gala? Sua arrogância e seu desprezo pelo decoro deixam Emeline furiosa, ainda que, no fundo, ela ache aquela ousadia atraente. 

No entanto, apesar da aparência rebelde, o ex-soldado é assombrado por uma tragédia: o massacre do 28º regimento, no qual centenas de seus companheiros morreram ― inclusive o irmão de Emeline, Reynaud. E é por esse motivo que Samuel está em Londres: para obter respostas, e não para se apaixonar. Mas isso não significa, porém, que seja fácil para ele controlar o próprio coração. Para Emeline, se afastar daquele homem também não é uma tarefa fácil, principalmente quando descobre que ele está tentando desvendar o mistério por trás da morte de seu irmão. À medida que os dois passam cada vez mais tempo juntos, se render àquela paixão se torna impossível. Mas Emeline não pode se comprometer com o forasteiro... por vários motivos. Só que algumas coisas estão além do controle de uma dama..."

"O Gosto da Tentação" é o primeiro livro de uma série de quatro livros chamada A Lenda dos Quatro Soldados, da Elizabeth Hoyt. O livro vai contar a história da viúva Emeline Gordon muito sofisticada e elegante que um dia acaba se envolvendo com um soldado das colônias, Samuel Hartley. Ele conhecia o irmão dela durante a guerra e quer desvendar o mistério do ataque ao seu regimento, que causou a morte do irmão de Emeline.

Eu já li uma outra série da mesma autora, a Trilogia do Príncipes, e gostei muito. Romances de época sempre me divertem e os desta autora em especial são bem o meu estilo, casais que se detestam, provocam, mas no funda se sentem muito atraídos um pelo outro. Outra coisa interessante é que as mulheres geralmente são modernas, vividas e donas de sua própria vida.

Os livros da Elizabeth Hoyt além de contarem um romances ela ainda gosta de criar mistérios ao redor do casal e também utiliza de fábulas como metáforas para a história. Para quem não é chegado em livros melosos isso é muito positivo, mas eu fico um pouco incomodada porque quero que desenvolva a história de amor e o casal fica tentando desvendar mistérios. 

O livro é divertido, romântico, com toques de erotismo e uma pitada de mistério. Uma delícia de mistério que você vai devorar rapidamente e ansiar pelas continuações. 

Até o próximo post!

Book Haul Black Friday 2018

9.12.18
Até o próximo post!

Resenha: O ódio que você semeia

3.12.18
Sinopse: "Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo. 
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa."

"O ódio que você semeia" foi lançado em 2017 e de lá pra cá vem ganhando muitos elogios por aí. Mesmo assim eu ainda demorei mais de um ano para ler este livro e que arrependimento, porque esse livro é maravilhoso.

O livro vai contar a história de Starr mora no "gueto", mas que estuda em uma escola no subúrbio onde ela é a única garota negra. Uma noite ela e seu amigo Khalil são abordados pela polícia e ele acaba morrendo. Depois daquela noite a vida de Starr muda totalmente e apenas fingir ser igual aos colegas de classe e não se envolver com os problemas do bairro já não são o bastante.

A escrita da Angie Thomas é maravilhosa o livro te dá vários tapas na cara, mas ao mesmo tempo consegue ser divertido e em outros momentos muito emocionante. Li a história com um misto de sensações que envolviam revolta, tristeza e em alguns momentos dei várias risadas.

A autora fala abertamente sobre o racismo e a violência da polícia contra os negros nos EUA, porém ela não fica presa ao esterótipo, claro, que temos o branco que se faz de vítima e diz que não é racista, mas que no fundo é muito racista ou o branco que acha que todo negro é bandido ou a polícia que quer acabar com os negros. Ela também cria personagens brancos muito interessantes como o Chris e policiais que estão fazendo o seu trabalho como o Tio Carlos.

"O ódio que você semeia" é aquele YA que deveria ser obrigatório nas escolas, para as crianças saberem lidar com o preconceito e aprenderem que é preciso usar a voz quando se presencia algum ataque ou comentário preconceituoso. Um livrão que eu espero que ainda faça muito sucesso.

Até o próximo post!

TBR de Dezembro 2018

2.12.18

Até o próximo vídeo!

Resenha: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Millennium)

28.11.18
Sinopse: "O jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a três meses de prisão por difamar um poderoso financista. Recebe então uma proposta intrigante: o grande industrial Henrik Vanger quer contratá-lo para escrever a biografia de sua conturbada família. Mas, sobretuto, Vanger quer que Mikael investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Henrik também se dispõe a salvar a 'Millennium', revista capitaneada por Mikael, e que se encontra em risco de falência. De início contrariado, o jornalista acaba aceitando a tarefa.
Harriet desapareceu quando sua família se reunia para um encontro em uma ilha. Inteligente e sensível, a moça era a favorita de Henrik. Suspeitos não faltam, pois, se todas as famílias tem esqueletos no armário, o clã Vanger parece dispor de um cemitério inteiro. Em sua busca febril, Mikael recebe a ajuda de uma jovem e genial hacker, Lisbeth Salander, cuja magreza anoréxica só é comparável à fúria silenciosa que nutre contra a sociedade. Mas, como Mikael logo compreende, se alguém esconde um segredo torpe, é certo que Lisbeth irá descobri-lo. E, de fato, pouco a pouco, o jornalista e sua improvável parceira desvendam um verdadeiro circo de horrores.
'Os homens que não amavam as mulheres' não é apenas um do mais comentados romances policiais dos últimos anos, tendo tomado de assalto a lista dos mais vendidos dos países onde foi publicado. É uma obra de dimensões oceânicas, que se desdobra pelos mais diversos aspectos da vida moderna - os crimes de colarinho branco, a responsabilidade do jornalismo econômico com a ciranda financeira, o fenômeno da internet e da invasão de privacidade, o ódio contra as minorias. Por isso, além de seduzir com seu intrincado mistério, fornece ainda uma reflexão ética sobre a sociedade atual, sobre os segredos de cada um e a responsabilidade de todos."

"Os homens que não amavam as mulheres" é o primeiro livro da trilogia Millennium, escrita por Stieg Larsson. A princípio a história seria uma série de 10 livros, mas o autor morreu logo após terminar o terceiro livro, transformando Millennium em uma trilogia.

O livro tem várias histórias dentro de suas 522 páginas. Ele se inicia abordando duas histórias diferentes, a do jornalista Mikael Blomkvist, que está sendo condenado por uma matéria em que denunciava um grande empresário e Lisbeth Salander uma jovem hacker que vive sob a tutela do estado e está tendo problemas com seu mais novo tutor. Depois essas duas narrativas abrem espaço para uma terceira a história da família Vanger, composta de pessoas horríveis e que tem um mistério, o sumiço de Harriet uma jovem que desapareceu aos 17 anos. Por fim retomamos a história do grande empresário corrupto e a história é fechada, largando algumas pontas para sua continuação.

Os dois personagens principais da história são Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidos, os dois lutam por justiça e tem um ótimo faro para desvendar mistérios. Juntos essa dupla é invencível. Mas claro, que o grande destaque do livro é Lisbeth, a jovem com uma tatuagem de dragão é cheia de mistérios, não é revelado porque vive sob tutela ou porque ela se tornou uma pessoa tão fechada. Ela é uma grande heroína com capacidades impressionantes e um senso de justiça muito forte, na verdade ela gosta de executá-la com as próprias mãos.

Para algumas pessoas o livro pode ter um início lento, para que entendamos de onde veio os dois protagonistas até se encontrarem, além de termos uma variedade de discussões sobre economia, burocracias e informações sobre a extrema direita na suécia. Eu acho tudo isso fascinante, gosto de aprender com todas as minhas leituras e esse livro é um prato cheio. 

Como o título mesmo diz "Os homens que não amavam as mulheres", a história gira em torno da violência contra mulher e os homens odiosos que fazem isso. Para quem tem gatilhos com estupros, eu não recomendo, apesar do autor não descrever muitas cenas, mas há a insinuação.

A escrita de Stieg Larsson flui muito bem e ele sabe criar um mistério como ninguém, você não consegue parar de ler até descobrir o que aconteceu com Harriet Vanger e logo em seguida quer saber mais sobre Lisbeth. É instigante e muito bem construída a narrativa, um prato cheio para os fãs  de romances policiais.

Apesar deste ser o primeiro de uma trilogia, eu achei que o livro é muito bem fechadinho e dá perfeitamente para se ler apenas este primeiro, porém desafio você a não desejar se entregar a leitura do volume seguinte. Um livro que na minha opinião é perfeito.

Até o próximo post!

Resenha: Se não eu, quem vai fazer você feliz? - Minha história de amor com o Chorão

19.11.18
Sinopse: "Um dos maiores ícones do rock nacional, Alexandre Magno Abrão, o Chorão, conquistou o Brasil sobretudo pela sua entrega na hora de compor e cantar. Essa mesma intensidade marcou a história de amor ímpar vivida com Graziela Gonçalves, que conta neste livro como o relacionamento de quase vinte anos dos dois a transformou para sempre.

Ela conheceu o cantor antes de sua banda estourar e se tornar uma das mais populares do país. Com suas ideias e seu apoio, Grazi teve participação importante na construção do sucesso do Charlie Brown Jr. Foi a grande musa de Chorão, que escreveu inúmeras letras inspirado nela. Como companheira de Alexandre, passou com ele os melhores e os piores momentos, e o ajudou a enfrentar a dependência química, que o levou, tragicamente, à morte em 2013.
"Se não eu, quem vai fazer você feliz?" não vai tocar apenas os fãs de Chorão. Mesmo sem conhecer sua música, é impossível não se emocionar com a força desse amor que sobreviveu à fama, às crises e até à morte — e que é homenageado neste livro."

Sou da geração MTV que tinha que esperar um clipe ser lançado no Disk pra conseguir assistir e uma das bandas nacionais que mais acompanhei naquela época foi o Charlie Brown Jr., adorava as letras do Chorão e as melodias com vibe de praia. Fui daquelas pessoas que ficou chocada quando vi na TV que o Chorão tinha morrido. Por isso fiquei bem interessada quando vi que a Graziela Gonçalves, viúva do cantor, escreveu um livro sobre a história de amor dos dois, gosto de conhecer a vida por trás dos famosos, pra entender melhor. E "Se não eu, quem vai fazer você feliz?" não decepcionou em nada e eu conheci um lado muito bonito do vocalista do Charlie Brown.

A Grazi conheceu o Alê (nome de verdade do Chorão) quando o Charlie Brown Jr. era apenas mais uma banda de rock em Santos. Os dois tiveram um relacionamento entrelaçado com o da banda, e é impressionante vê que tudo interferia, se a banda não estava bem os dois também não estavam. Afinal, Grazi era a musa do Alexandre, que inspirou ele em várias e várias letras ao longo da vida. Em troca ela apoiou todos os sonhos dele. Uma história de amor digna de filme, mas que não teve um desfecho tão bonito.

A Grazon, apelido que ela ganhou dele, é muito delicada ao retratar o Chorão, ela falou das suas maiores qualidades como o profissionalismo, o amor a família, a emoção e a maneira intensa que ele amava e também odiava. Ela não mancha a memória dele, mas mostra também que o relacionamento não foi um conto de fadas, pelo contrário, era marcado pelo ciúmes, crises de raiva dele e claro, o abuso com o uso das drogas. Mas isso não manchou a história dos dois.

O livro é envolvente e te faz querer ler tudo em uma sentada, era como se estivéssemos ali acompanhando os primeiros passos daquele amor e daquela banda que seria tão famosa lá na frente. Durante e leitura desenterrei as músicas do Charlie Brown que a muito não escutava, prestei atenção nas letras e encontrei cada detalhe da vida do Chorão ali naquelas letras, o cara musicou a sua vida.

Não é uma história fácil, temos aqui uma pessoa mentalmente instável que usou as drogas para amortecer os sentimentos, porque não sabia lidar com a separação da banda original e com a traição do amigo Champion. E a mulher da sua vida estava ali apoiando e fazendo de tudo para que seu amor sobrevivesse, mas até onde a gente pode ir por alguém que a gente ama, quando essa pessoa não quer ajuda? Foi exatamente sobre isso que a Grazi falou de uma maneira muito bonita e pode se dizer que com muita leveza. Terminei o livro muito emocionada e agradecida por ter tido a oportunidade de conhecer a história dos dois.

Até o próximo post!

Wishlist Black Friday

18.11.18
Até o próximo post!

Resenha: Asiáticos Podres de Ricos

16.11.18
Sinopse: "Best-seller internacional que inspirou uma das mais aguardadas adaptações cinematográficas do ano.

Quando Rachel Chu chega a Cingapura com o namorado para o casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família. Só que Nick não mencionou alguns detalhes, como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela viajaria mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas. 
Logo, Rachel percebe que não será poupada das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem o filho deve – ou não – se casar. Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos Podres de Ricos é uma visão do jet set oriental por dentro.
Com seu olhar satírico, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo."

Encarei "Asiáticos Podres de Ricos" uma leitura leve e divertida e foi exatamente isso que eu encontrei. O livro é uma espécie de comédia romântica com ares de "O Diabo Veste Prada" que há muito tempo eu não pegava para ler, mas o estilo que gosto bastante. Temos aqui Rachel Chu que não sabe que seu namorado é podre de rico, até ir a Cingapura para o casamento do melhor amigo dele, e apesar de ser asiática ela não é muito bem aceita pela família high society do namorado.

A escrita do Kevin Kwan é leve, mas seu livro é cheio de descrições gastronômicas, de roupas, carros e luxo, o que para muitas pessoas pode incomodar, o que não foi o meu caso. Dois outros detalhes também podem incomodar como a imensidão de personagens e suas histórias, e o fato do livro ser enorme. Pra mim tudo isso são grandes vantagens.

O livro é muito rico na cultura asiática, um deslumbre de uma riqueza, poder e influência que eu não imaginava que existissem na Cingapura. Tem também coisas que me incomodaram, como o fato das mulheres se tornarem apenas "donas de casa", mesmo sendo estudadas e muito bem preparadas, elas nascem para apenas se casar. Enquanto os homens sempre tem amantes e querem distância de suas casas.

O romance principal, é bem bonito, principalmente quando você vê que para o Nick nada mais importa a não ser ele e a Rachel. Claro, que a falta de comunicação na hora de contar que é multimilionário me irritou muito, mas perdoei porque ele é muito apaixonado.

Uma história cheia de conspirações, divertidas e muito dinheiro, daqueles livros para se deliciar co  tudo e ainda se surpreender com  o final.

Até o próximo post!



TBR de Novembro

11.11.18
Até o próximo post!

Resenha: O Cemitério

5.11.18
Sinopse: "Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um "simitério" no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação.

Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível."

"O Cemitério" era um dos livros do Stephen King que eu tinha mais vontade de ler, uma vez que adoro o a adaptação dele para o cinema. Mas sempre adiei porque gostaria de começar a ler o autor sem ser por seus livros de terror. Logo, essa foi a minha primeira experiência com o horror do King.

Louis Creed e sua família se mudam para uma casa ao lado de uma rodovia por onde circulam caminhões em alta velocidade. Eles conhecem o vizinho Jud Crandall que lhes apresenta o cemitério de bichos do local, afinal a estrada já ceifou muitas vidas, porém além de ser um lugar para se enterrar os bichos de estimação, o local tem um mistério que o envolve e que logo vai tragar a família de Louis.

O livro vai tratar sobre morte e a dificuldade com que as pessoas tem de lidar com ela. É um livro de horror em que os "sustos" demoram a acontecer, mas quando resolvem dar as caras, tudo fica bem horripilante. Ele é dividido em três parte, a primeira é a que se cria todo o mistério e contextualiza, a segunda é quando tudo começa a dar errado e a terceira é o ato final em que tudo já deu errado e caminha para o pior.

A escrita do Stephen King é muito boa, porém me incomoda muito quando em meio a um alinha de raciocínio ele envereda para outro assunto e por isso tudo demora muito aconteceu, acho que isso é cansativo, ´principalmente quando chegamos aos momentos finais, em que estamos na pontinha da cadeira, ansiosos pelo que vai acontecer e ele se perde em devaneios.

Neste livro você não vai ficar morrendo de medo sem dormir, eu pelo menos não me senti assim, você vai ficar ansioso e incomodado com o rumo que a história vai tomando. E a maneira como a morte é abordada é muito inteligente, te mostra exatamente que tentar fugir dela só te causará o mal. Um livrão de horror, que mais te dá lições do que medo.

Até o próximo post!

Resenha: O Sonho do Tigre

22.10.18
Sinopse: "Com a derrota do feiticeiro Lokesh, só parecia restar ao príncipe Kishan Rajaram passar a eternidade cumprindo a promessa de proteger a linda e irascível deusa Durga. Preso no passado, ele sofre depois que seu irmão, Ren, e Kelsey, a garota que ambos amam, voltam ao presente e começam a viver o seu “felizes para sempre”.
Então, quando o xamã Phet aparece pedindo sua ajuda para salvar Kelsey, Kishan agarra a oportunidade com unhas e dentes, disposto a voltar atrás na sua decisão de ficar no passado e assim mudar seu destino. O tigre negro está prestes a descobrir que aquilo que parece o fim pode ser apenas um recomeço...
Com um desfecho extraordinário, a autora Colleen Houck apresenta neste quinto volume uma visão completa da empolgante saga dos tigres. Numa complexa teia de viagens pelo tempo, Kishan e Durga concluem, entre idas e vindas, uma tarefa após a outra para garantir que a linha traçada para o destino da humanidade seja cumprida – o tempo todo lutando contra a tentação de interferir e redesenhar o futuro."

Não é segredo para ninguém que me conhece ou que acompanha o blog que eu sou uma grande fã de "A Maldição do Tigre", devorei os quatro livros, chegando a ler cada um mais de uma vez. Adoro a magia, o romance e a cultura presente nessa série. Quando terminou, fiquei satisfeita, apesar de não achar o final o melhor de todos e acreditar que algumas pontas ficaram soltas. Porém, nunca fui a favor do quinto livro, na verdade não acreditava que ele iria sair do papel, mas fui surpreendida com o anúncio de que depois de longos anos "O Sonho do Tigre" seria publicado. Fui com várias pedras nas mãos, pronta para discorrer sobre os defeitos da história e o quão desnecessária era essa continuação, mas tive que dar o braço a torcer porque gostei bastante do livro.

"O Sonho do Tigre" é a história de Anamika e Kishan, a deusa e seu tigre, que tiveram que abrir mão de muitas coisas e cumprir seu papel de "divindade". A Colleen Houck não quis apenas encerrar a história dos dois com o dever cumprido e o sacrifício, ela quis contar sobre o relacionamento do dois, como foi construído e como os anos em que Durga e seu tigre viveram juntos foram maravilhosos. Afinal, ela não podia deixar que o tigre negro fosse apenas o herói que se sacrifica no final. Porém a história não é só sobre isso, a autora volta a abordar a viagem no tempo, e nos mostra que nada do que aconteceu foi por acaso.

Eu particularmente, não gostava muito de Ana e Kishan, a primeira era insuportável em "O Destino do Tigre"com toda sua pose de guerreira e ele, na minha visão, era apenas um garoto mimado que queria tudo que o irmão mais velho tinha. Mas Colleen desconstruiu os dois, deu profundidade e mostrou que as duas personagens tinham motivos para terem esta postura.

A autora uniu as pontas soltas, deu um final digno aos outros personagens que não fossem Ren e Kelsey e ainda conseguiu dar um vislumbre ainda maior de como foi a vida de todos depois de matarem Lokesh e acabarem com a maldição do tigre. Um livro que me surpreendeu do início ao fim e ainda conseguiu trazer de volta o prazer de se ler Colleen Houck, depois do fiasco de "Deuses do Egito".

Até o próximo post!

Dorama: I Need Romance

20.10.18
"I Need Romance" é uma antologia composta por 3 temporadas, que conta a história de três amigas e seus amores. Mesmo acompanhando estas três amigas, uma ganha mais destaque na história. O K-drama é conhecido como o Sex and City coreano, porque tem uma temática bem mais adulta e onde assuntos como sexualidade são debatidos normalmente.


Esta primeira temporada vai acompanhar Sunwoo In Young, uma mulher de 33 anos que trabalha como concierge de um hotel e namora Kim Sung Soo, um diretor de cinema pouco conhecido, há 10 anos. Um dia a vidinha tranquila dos dois é balançada pelo lançamento do novo filme dele, porque a atriz principal se interessa por ele e ele também se sente atraído pela garota.


Mas não é só Kim Sung Soo que tem uma admiradora, In Young acaba se envolvendo com o colega de trabalho, Bae Sung-Hyun. Ele é jovem, bonito e está muito encantado por ela. E é assim que começa esse quadrado amoroso.

Esse romance central vai falar muito sobre traição e como isso pode marcar pra sempre um relacionamento. Mas também vai falar de como é difícil começar um novo relacionamento depois de anos juntos e do que muitas vezes fazemos para que nosso parceiros nos aceitem.

Já as amigas de In Young tem problemas bem diferentes, uma não gosta de compromissos e gosta de sair com homens casados, já a outra tem problemas sexuais e amorosos com o noivo.

O dorama é divertido e tem várias reviravoltas, mas em uma consideração geral, considero a história bem mediana, e não vai ser daqueles que irei assistir novamente. Mas é um a diversão boa e o Sung-Hyun é bem gato, e tem um a cenas bem sensuais, então vale a pena.
Até o próximo post!

Resenha: O Guia do Cavalheiro para o Vício e a Virtude

15.10.18
Sinopse: "Uma aventura romântica do século XVIII para a era moderna. Simon Versus a Agenda Homo Sapiens, encontra os anos 1700.

Henry "Monty" Montague nasceu e foi criado para ser um cavalheiro, mas nunca foi domado. Os melhores internatos da Inglaterra e a constante desaprovação do pai não conseguiram conter nenhuma das suas paixões - jogos de azar, álcool e dividir a cama com mulheres e homens.

Mas agora sua busca constante por uma vida cheia de prazeres e vícios está em risco. O pai quer que ele tome conta dos negócios da família. Mas antes Monty vai partir em seu Grand Tour pela Europa, com a irmã mais nova, Felicity, e o melhor amigo, Percy - por quem ele mantém uma paixão inconsequente e impossível. Monty decide fazer desta última escapada umafesta hedonista e flertar com Percy de Paris a Roma. Mas quando uma de suas decisões imprudentes transforma a viagem em uma angustiante caçada através da Europa, isso faz com que ele questione tudo o que conhece, incluindo sua relação com o garoto que ele adora."

"O Guia do Cavalheiro para o Vício e a Virtude" é um romance de época, mas com vários assuntos bem atuais. Para começar temos Monty, nosso personagem principal que não tem nada de cavalheiro, afinal, ele gosta mesmo é de jogatina, bebedeira e romances tórridos com ambos os sexos, ele é bissexual. Mas apesar disso o jovem cavalheiro é apaixonado pelo melhor amigo Percy, mas lhe falta coragem para se declarar. 

O livro vai acompanhar Monty, Percy e sua irmã Felicity fazendo uma tour, que acaba se tornando algo bem diferente do que o planejado. Eles se envolvem em confusões, perseguições, assaltos, pirataria e até mesmo alquimia. Tem de tudo um pouco nessa história que começa muito divertida e engraçadinha, mas depois se tornou uma aventura caótica, que eu particularmente achei meio sem propósito, para uma história de resistência e amor.

O que mais gostei no Guia foi que a autora abordou muito bem a relação de um pai que não aceita o filho e o quanto isso pode ser prejudicial. Gosto também que os personagens são diversos, não se encaixando no padrão. Claro, que tudo isso fica ainda melhor, porque a escrita da Mackenzi Lee é leve, fluída e muito divertida.

Esse livro é muito bom, mas ficou um pouco sem sentido no meio, mas nada que estrague a história. Uma ótima pedida pra fugir dos clichês e se divertir com uma boa história de amor.


Até o próximo post!

TBR de Outubro

8.10.18
Até o próximo post!

Resenha: Cem anos de solidão

3.10.18

Sinopse: "Neste, que é um dos maiores clássicos de Gabriel García Márquez, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX."

"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo", essa é a primeira frase do livro "Cem Anos de Solidão" e é daqueles começos que ficam gravados na memória, e inclusive era um dos detalhes que eu me lembrava da história, porque afinal essa não foi a primeira vez que eu li o livro do Gabriel García Márquez. Mas a primeira leitura foi há muito tempo e já era hora de reler essa história maravilhosa.

O livro vai narrar a história de 6 gerações da família Buendía, em seus 100 anos vivendo em Macondo, um povoado fictício, fundado pelo matriarca da família, José Arcadio e sua esposa Úrsula Iguarán. A família é um retrato das famílias da América Latina, mas com toques de fantasia, um belíssimo exemplo do realismo fantástico.

A leitura é fluída e em apenas um capítulo temos vários acontecimentos, afinal, se passaram 100 anos de história, mas mesmo assim não é cansativo ou mais um livro cheio do boa e velha encheção de linguiça. Tudo é muito bem construído, cada personagem é de uma maneira e tudo está ligado e fecha com perfeição no capítulo final da família Buendía.

Claro, que o livro tem o seu nível de dificuldade, que é a própria família Buendía, que tem o hábito de nomear a todos com nomes iguais, então você leitor terá de fazer um esforço ou ler a história acompanhado de uma árvore genealógica, nada muito complicado.

Apesar de todos os nomes parecidos, os personagens da história, tem suas particularidades, cada um com sua personalidade muito bem construída por Gabriel Gárcia Márquez. É impossível não se encantar por todos os filhos, netos, bisnetos e tataranetos de José Arcadio. Me encantei pelos José Arcadios, Aurelianos e Remédios, parecidos, mas ão diferentes.

"Cem anos de solidão" é divertido, engraçado, mas não deixa de fazer suas críticas, tem até certos acontecimentos baseados em fatos reais na história, mas tão surreais que parecem inventados. Um livro delicioso, para se jogar de cabeça e viver entre os Buendía na quente Macondo. Posso dizer de olhos fechados e com toda certeza, que esse livro é um dos melhores que já li na minha vida, um livro perfeito, que eu não consigo fazer nada além de elogiar. Uma leitura que você precisa fazer antes de morrer.

Até o próximo post!


Resenha: O Colecionador

24.9.18
Sinopse: "O Colecionador é a história de Frederick Clegg, um homem solitário com um plano para conquistar o grande amor de sua vida. "O Colecionador" também é a história de Miranda Gray, sequestrada por um maníaco que acha que pode obrigá-la a se apaixonar por ele. Dois narradores antagônicos, sequestrador e vítima, brilham no romance de John Fowles."

Eu sempre quis ler "O Colecionador", mesmo quando as edições brasileiras estavam esgotadíssimas. Então fiquei bem empolgada quando a Dark Side anunciou que iria lançar uma edição em cpa dura do livro do John Fowles. E a editora arrasou, porque além de ser um livro muito bom, essa edição está maravilhosa, uma das mais bonitas da minha estante.

O Colecionador vai contar a história de Miranda, uma artista que é sequestrada por um colecionador de borboletas e mantida em cárcere privado. O sequestrador nutre uma paixão por ela, que é muito semelhante com a que ele tem por suas borboletas, algo belo e intocável, para ser somente admirado. 

A história é dividida em duas partes, que são narradas pelos dois, Miranda e Frederick, então temos a visão do sequestrador e da sequestrado, o que torna a história muito mais interessante, na minha opinião. A parte de Frederick ele sempre vai relatar como se ele fosse um homem apaixonado e respeitador, que não teve outra opção a não ser tomá-la para ele. Enquanto Miranda relata como é estar presa e conta detalhes de sua vida antes do cárcere.

Os personagens são muito bem construídos, Frederick tem todo aquele seu jeitinho certinho, mas tem um  lado obscuro e cruel dentro de si. E Miranda é um espírito livre, uma mulher cheia de altos e baixos, mais uma pessoa muito amável, apesar da imagem que ele tenta passar dela.

 A leitura fluí muito fácil, porque John Fowles escreve maravilhosamente bem, você consegue vê perfeitamente as duas vozes dos personagens. Porém, não é um livro que você consegue ler com rapidez, ele é difícil e dolorido e tudo pelo que Miranda passa é tão injusto, que é impossível não se compadecer com seu sofrimento.

O Colecionador não me decepcionou e foi com toa certeza um dos melhores livros que eu li em 2018, já penso em fazer várias releituras pra vê o que vou sentir, agora que sei que rumo toma a história. Um livro lindo, mas muito triste.

Até o próximo post!





Resenha: Mansfield Park

17.9.18
Sinopse: "Aos 12 anos de idade a jovem Fanny passa a morar de favor em Mansfield Park, a casa do esposo de sua tia, Sir Thomas Bertram. Inteligente e estudiosa, ela logo se torna amiga de seu primo Edmund, o filho mais novo de seus tios, apesar de ser sempre destratada por seu tio e pelas suas primas fúteis. Com o passar do tempo Fanny se torna uma bela mulher, que acaba chamando a atenção de Henry Crawford, jovem que se tornou recentemente seu vizinho juntamente com sua irmã, Mary. Notando o interesse de Henry por Fanny, os tios dela logo promovem um encontro entre os dois para logo depois se sentirem revoltados com o desprezo que a jovem demonstra pelo seu novo vizinho."

"Mansfield Park" é o terceiro livro de Jane Austen que eu leio, já foram "Orgulho e Preconceito", "Razão e Sensibilidade" e "Persuasão", e com certeza foi o que mais se distanciou das outras obras que eu já havia lido. Mansfield é uma história em que a personagem principal não tem uma personalidade forte, Fanny é o oposto das outras heroínas de Austen, ela é muito tímida, submissa e ingênua. E essa garota vai viver de favor na casa de alguns tios ricos, onde todos pensam que ela deve ser grata por estar ali (leia-se viver em função de todos os membros daquela casa.

O livro começa de maneira lenta, contando a história das tias e da mãe de Fanny, para que você entenda como aquela garota foi viver em Mansfield Park. Os anos se passam e acompanhamos a jovem agora com 18 anos, no auge de sua mocidade, onde é maltratada pela tia Norris, serve aos caprichos da Tia Bertram e é ignorada pela primas Maria e Julia, apenas o primo Edmund se preocupa com seu bem estar e por isso a garota cria uma paixão platônica por ele. Os moradores de Mansfield Park fazem amizade com os irmãos Crawford, que tem interesses matrimoniais pelos moradores daquela casa. Essa é a história do livro, sem dar muitos spoilers.

Não vou negar que a história custou me pegar, principalmente, porque Fanny não é o tipo de personagem feminina que me encanta, porém o desejo de saber até onde ia aquela história prevaleceu e eu persisti na leitura. E me surpreendi bastante e posso dizer que esse é um dos meus livros preferidos da autora (abaixo de Orgulho e Preconceito), não porque é um romance, mas porque a escrita está mais crítica, mais dura e muito realista. Eu particularmente adoro o tanto que a autora critica a sociedade da época, os interesses e os preconceitos e nesse livro ela está afiadíssima.

"Mansfield Park" é um livro dolorido, é difícil vê a pobre Fanny ser tratada tão mal pelas pessoas que se dizem responsáveis por ela. Também é triste vê que Edmund só a vê como irmã e nada mais. É difícil vê que ela não se encaixa nem mesmo na casa de sua família. Mas é real, mostra o pior das pessoas e eu gostei bastante do livro.

Até o próximo post!

Segunda Temporada de Anne with an E

16.9.18
Até o próximo post!

TBR de Setembro 2018

9.9.18
Até o próximo post!

Resenha: A Faca Sutil

3.9.18
Sinopse: "Perdida em um mundo novo, Lyra Belacqua encontra Will Parry — um fugitivo que logo se torna um aliado mais que necessário. Pois este novo mundo é povoado por Espectros sugadores de alma, e no céu as feiticeiras disputam espaço com anjos. Will procura pelo pai, um explorador desaparecido há anos, e Lyra busca a origem do Pó. No entanto, o que os dois encontram é um segredo mortal e uma arma de poder absoluto, capaz de decidir o resultado na guerra que se forma ao redor deles. O que nenhum dos dois suspeita é do quanto suas vidas, seus objetivos e seus destinos estão conectados... até que precisam se separar. A faca sutil é a viciante sequência de A bússola de ouro, um clássico da fantasia considerado pela Entertainment Weekly “o melhor livro de todos os tempos”. A fantástica aventura de Lyra continua, levando o leitor a novos mundos, rumo a uma descoberta devastadora."

"A Faca Sutil" é o segundo livro da trilogia Fronteiras do Universo do Philip Pullman e vai se passar algum tempo depois dos acontecimentos finais de "A Bússola de Ouro". Lyra foi parar em outro mundo e conhece Will Parry, um garoto misterioso de um mundo muito parecida com o nosso. Os dois se juntam para ajudar um ao outro e conseguir alcançar seus objetivos.

Mas quais são os objetivos dessas duas crianças? Esse é o mistério que ronda toda a história e que aos poucos vem sendo revelado. Lyra é uma importante peça e Will também. Juntos os dois vão encontrar o caminho para o destino que foi traçado para eles.

O segundo livro é bem melhor que o primeiro, que ainda tinha tudo muito obscuro, "A Faca Sutil" os mistérios começam a se revelar, Lyra cresceu muito depois do que viveu e Will é um garoto muito maduro e a história começa ficar cada vez mais densa e pesada. Philip Pullman faz críticas a Igreja, fala muito sobre pecado, desejos e questiona até mesmo "Deus".

"Fronteiras do Universo" apesar de ter uma personagem principal criança, não é direcionada a esse público, pelo contrário a história é muito complexa, cheia de camadas e muito científica. Não que uma criança não vá gostar, mas senti lendo este segundo livro que temos aqui um livro de fantasia adulto.

Gostei bastante deste livro, adorei a relação de Lyra e Will, e fiquei muito interessada pelos rumos que essa história pode tomar depois daquele final, que eu achei bem pesado, porém isso contou muito pontos para querer ler "A Luneta Âmbar". Estou começando a entender o amor que a galera tem por essa trilogia.

Até o próximo post!

Resenha: Tarde Demais

20.8.18
Sinopse: "A autora best-seller do The New York Times está de volta com um romance ainda mais sombrio, intenso e assustadoramente real.

Para proteger o irmão, Sloan foi ao inferno e fez dele seu lar. Ela está presa em um relacionamento com Asa Jackson, um perigoso traficante, e quanto mais os dias passam, mais parece impossível enxergar uma saída. Imersa em uma casa incontrolável que mais parece um quartel general, rodeada por homens que ela teme e sem um minuto de silêncio, também parece impossível encontrar qualquer motivo para se sentir bem. Até Carter surgir em sua vida. 
Sloan é a melhor coisa que já aconteceu a Asa. E se você perguntasse ao rapaz, ele diria que também é a melhor coisa que já aconteceu a Sloan. Apesar de a garota não aprovar seu arriscado estilo de vida, Asa faz o que é preciso para permanecer sempre um passo a frente em seu negócio e proteger sua garota. Até Carter surgir em sua vida. 
A chegada de Carter pode afetar o frágil equilíbrio que Sloan lutou tanto para conquistar, mas também pode significar sua única saída de uma situação que está ficando insustentável.
Colleen Hoover não tem medo de escrever sobre assuntos delicados e Tarde demais prova isso. Perpassando as formas mais cotidianas de machismo até as formas mais intensas e cruéis de abuso, a autora mergulha na espiral atordoante que é um relacionamento abusivo."

"Tarde Demais" foi o livro mais difícil que eu já li da Colleen Hoover e está sendo o mais difícil de resenhar. Afinal, a autora resolveu fazer algo bem diferente do que está acostumada e com uma carga emocional muito pesada. Não, que ela não tenha escrito livros com uma temática mais "pesada", mas nesse é tudo mais escancarado, aberto, despido.

Esse livro vai tratar de relacionamentos abusivos, e o protagonistas da história são Sloan e Asa, um casa que está junto há dois anos, mas que não tem um relacionamento muito saudável. Asa é dominados, controlador e muito agressivo do Sloan e a garota só está com ele porque não tem opção e precisa ajudar o irmão. E no meio disso tudo surge Carter, um cara diferente de Asa, que se interessa por Sloan e pode ser a luz no final do túnel.

Esse é o plot do livro, que foi escrito primeiro por wattpad e depois foi publicado, ou seja ele tem uma estrutura bem diferente do que os livros da Colleen, porque ele vai e volta várias vezes no tempo, tem prólogos e epílogos e capítulos alternados entre o "triângulo amoroso" da história.

Como sempre o forte da Colleen é criar personagens, Sloan é uma garota que podemos facilmente encontrar por aí, fragilizada e diminuída por um namorado abusador e uma mãe relapsa. Carter é o cara charmoso que tem algo a mais para dar, mas também não é um príncipe encantado. Agora, Asa Jackson é um belo espécime do pior tipo de homem que existe na terra, ele é asqueroso e odioso, tudo que ele faz e fala no livro me dava vontade de vomitar. E mesmo que a autora queira justificar que ele não é mau, apenas por ser mau, que há uma história por trás, é difícil engoli-lo.

A história é muito real e em tempos de mulheres que são assassinadas por seus companheiros é um alerta para as garotas, que às vezes se veem envolvidas com caras como o Asa. Porém não é um livro pra qualquer um, ele é um livro muito gráfico, diversas e diversas vezes a Colleen Hoover narrou cenas de estupro e pra uma mulher pode ser algo muito dolorido. Esse detalhe foi o que me fez tirar uma estrelinha deste livro, acho que não precisava descrever todas as barbaridades que Asa fez com Sloan, um acho que já seria suficiente para entender.

"Tarde Demais" é uma história muito triste, sobre manipulação, abusos, violência contra a mulher. Terminei de ler sem saber se gostava ou se odiava, mas a verdade é que como sempre Colleen me surpreendeu com uma história bem construída e muito real. Não é um livro que vou reler, porque pra mim foi muito difícil em alguns momentos, mas não consigo admirar o trabalho incrível que a escritora fez com essa história.

Até o próximo post!

Resenha: Clash - Quando os Corações se Partem

13.8.18
Sinopse: "Jude e Lucy estão de volta na continuação de Crash, trilogia best-seller do The New York Times
Certas coisas não mudam nunca: Jude e Lucy sentem uma paixão intensa e avassaladora um pelo outro, e brigam com a mesma intensidade.
Cada vez mais incomodada com os holofotes em Jude – e com a quantidade de mulheres em torno dele –, Lucy quer segurar seu bad boy enquanto treina para ser a melhor bailarina de sua turma. Porém, alguma coisa está prestes a dar
errado... e não vai demorar.
Como ela pode viver sem o garoto que ama? Como ela pode viver consigo mesma se desistir de seus sonhos? Se não fizer a escolha certa, Lucy pode acabar perdendo tudo."

'Clash" é o segundo livro da trilogia Crash da Nicole Williams e vai acompanhar Lucy e Jude no primeiro ano de faculdade. Depois de descobrirem a ligação entre suas famílias, eles resolveram ficar juntos apesar do passado. Mas como sempre o relacionamento desses dois sempre passa por altos e baixos. 

Lucy tem que lidar com a insegurança de namorar um cara como Jude e com as provocações de uma líder de torcida. E Jude quer provar para Lucy que merecem ficar juntos apesar de todos problemas. Basicamente temos uma Lucy surtando sempre e querendo se afastar e um Jude sempre correndo atrás dela.

O livro é tão viciante quanto o primeiro e suas cento e poucas páginas passam voando, afinal, temos problemas e problemas, reviravoltas e reviravoltas em cima do casal principal. Que se fosse pra problematizar, poderia dizer com toda certeza que esse relacionamento não é nada saudável. Porém é apenas um New Adult com um romance complicado (não queiram isso para vocês garotas).

Tal como o primeiro livro, Crash, "Clash" é apenas um romance gostosinho, para ser devorado e esperar ansiosamente pelo próximo capítulo da história de Jude e Lucy. Afinal, a gente tme uma quedinha por casais intenso.

Até o próximo post!

TBR de Agosto 2018

12.8.18

Até o próximo post!

Resenha: Arquivos Serial Killers

9.8.18
Sinopse: "Ilana Casoy foi nossa primeira autora nacional. Pioneira no estudo das ciências criminais no Brasil, Ilana já era uma escritora reconhecida quando aceitou nosso convite e apostou no escuro com a DarkSide Books. A Caveirinha aprovou, assim como todos os DarkSiders. A hora é agora de renovar os laços com ela e com você também querido leitor. Mais uma vez Ilana é nossa pioneira e Arquivos - Serial Killers é o primeiro dos relançamentos comemorativos dos 5 anos de DarkSide Books: os 2 livros, Serial Killers - Louco ou Cruel? e Serial Killers - Made in Brazil, reunidos num único volume de luxo com mais de 700 páginas de investigação. Ilana Casoy é uma autoridade sobre mentes criminosas e resoluções criminais no Brasil. Para escrever Serial Killers: Louco ou Cruel? a escritora mergulhou em arquivos policiais e judiciais, da Scotland Yard e do FBI, além de ter pesquisado rigorosamente em muitas outras fontes para construir um inquietante roteiro de como, com que e por que os serial killers atuam. Em Serial Killers - Made in Brazil, Ilana investigou os serial killers brasileiros, no que seria o primeiro livro do gênero para os serial killers brasileiros. Foram 5 anos de pesquisas, visitas a arquivos públicos, manicômios e penitenciárias, além de entrevistar cara a cara com personificações do mal em terras brasileiras, para criar arquivos sobre o lado mais sombrio do ser humano. Por muitas vezes comovente e perturbador, o relato de Ilana nos apresenta histórias que nem a ficção e o cinema conseguiriam criar."

Em 2016 a Darkside lançou em uma edição especial dois livros da Ilana Casoy em um único volume, o "Casos de Família", que foi meu primeiro contato com livros da autora. E de cara gostei bastante da escrita dela, da maneira como ela conta suas "histórias" e como nos passa conhecimento. Então quando vi que mais uma edição especial de suas obras ia sair, já coloquei n wishlist. A leitura da vez foi o Arquivos Serial Killer.

O livro na verdade é uma junção de dois livros da Ilana sobre serial killers eu logo quis colocá-lo na minha wishlist. E a leitura da vez foi "Arquivos Serial Killers", que é uma junção de dois livros escritos pela Ilana, Louco ou Cruel? e Made in Brasil. O primeiro vai falar sobre o que é se um serial killer e contar sobre os casos mais famosos. Já o segundo, vai mostrar que o Brasil também tem seus assassinos em série.

"Louco ou Cruel?" mostra casos antigos em grande maioria de assassinos de outros países. Muitos dos casos citados já são conhecidos como Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, John Wayne Gancy, Ed Gein e o terrível Albert Fish, mas tem alguns que eu nunca tinha ouvido falar. Mesmo tendo vários casos que já conhecia a leitura não foi cansativa e nem desinteressante, a maneira como Ilana conta é diferente, narrando cada capítulo de uma maneira, te levando para dentro daqueles acontecimentos.

"Made in Brasil" já é mais assustador, por estar tão próximo, afinal, aqueles casos são no Brasil e além da proximidade geográfica tem ainda o fato de que Ilana Casoy falou com os assassinos, entrevistou, olhou dentro daqueles olhos, desvendou o ser humano por trás do monstro. E foi o que senti lendo essa segunda parte, como se por trás de toda atrocidade cometida por aqueles homens, existisse um ser humano que lida com traumas, problemas mentais e familiares. A autora te leva a ver o outro lado, entender um pouco que aquelas pessoas em algo a mais além da faceta de assassino.

Ler sobre crimes, torturas e abusos nunca é fácil, sempre é dolorido, porque tudo aquilo é real, aconteceu há muito ou pouco tempo, mas mesmo assim não perde a crueldade. Mas quando temos alguém que explora além do grotesco e da exposição apenas pelo choque, que quer mostrar, esclarecer, nos fazer entender, fica mais fácil e foi assim que me senti ao terminar este livro, aprendi muito, mas não foi fácil passar por todas aquelas "histórias". "Arquivos Serial Killers" é daqueles livros que a pessoa tem que ter estômago forte, para encarar toda a maldade humana relatada em suas páginas.

Até o próximo post!

TAG 50% de 2018

29.7.18

Até o próximo post!

Resenha: Ainda Sou Eu

24.7.18
Sinopse: "Sequência dos romances Como Eu Era Antes de Você e Depois de Você, que arrebataram o coração de milhares de fãs, Ainda Sou Eu conta, pela perspectiva delicada e bem-humorada de Lou Clark, uma história comovente sobre escolhas, lealdade e esperança.

Lou Clark chega em Nova York pronta para recomeçar a vida, confiante de que pode abraçar novas aventuras e manter seu relacionamento a distância. Ela é jogada no mundo dos super-ricos Gopnik - Leonard e a esposa bem mais nova, e um sem-fim de empregados e puxa-sacos. Lou está determinada a extrair o máximo dessa experiência, por isso se lança no trabalho e, antes que perceba, está inserida na alta sociedade nova-iorquina, onde conhece Joshua Ryan, um homem que traz consigo um sopro do passado de Lou.
Enquanto tenta manter os dois lados de seu mundo unidos, ela tem que guardar segredos que não são seus e que podem mudar totalmente sua vida. E, quando a situação atinge um ponto crítico, ela precisa se perguntar: Quem é Louisa Clark? E como é possível reconciliar um coração dividido?"

Eu não sou uma das pessoas que detestou "Depois de Você", mas quando fiquei sabendo que Jojo Moyes escreveu um terceiro livro para Louisa Clark eu apostava que seria um fracasso. Afinal, já achei o final do primeiro livro ideal e por mim tudo acabava ali. Mas eu fui pega de surpresa e preciso dizer que gostei muito de "Ainda Sou Eu".

O livro vai mostrar Louisa em Nova York depois de iniciar o namoro com o Sam e de conhecer a filha de Will. Ela agora não é mais a garota insegura que cuidava de Will, mas ainda tem um guarda-roupa exótico e uma mania de só se meter em confusão. Ela vai ser assistente pessoal de uma jovem  esposa troféu, em um apartamento de luxo no Central Park.

Nas primeiras 100 páginas confesso que estava ainda com o pé atrás e já comecei a me irritar com a Sra. Gopnik, querendo entrar no livro e sacudi a Lou para o quanto essa mulher era uma vaca.  Aí Jojo Moyes terminou um capítulo de um jeito que eu pensei que a história fosse virar uma piada, mas ela não errou na mão e a vida de Lou teve uma reviravolta pra fazer com que ela crescesse.

Esse livro é sobre crescimento, sobre descobrir qual o seu lugar, sobre viver do seu jeito. Pra mim esse sim deveria ter sido a continuação de "Como Eu Era Antes de Você", ele fez jus aquela linda história que mexeu muito comigo. Jojo Moyes conseguiu trazer de volta assuntos importantes, construir bem o enredo e aquele quentinho no coração.

Comecei essa leitura com uma vontade imensa de ter do que reclamar, terminei com uma grande lição e um sorriso no rosto. Como é bom se surpreender com as leituras. 

Até o próximo post!


Resenha: Orgulho e Preconceito

16.7.18
Sinopse: "Jane Austen inicia Orgulho e Preconceito com uma das mais célebres frases da literatura inglesa: "É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico deve precisar de uma esposa". O livro é o mais famoso da escritora e traz uma série de personagens inesquecíveis e um enredo memorável. Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como heroína irresistível e seu pretendente aristocrático, o Sr. Darcy. Nesse livro, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito, ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. Porém, muitos desses aspectos da trama conduzem os personagens ao auto-conhecimento e ao amor. O livro pode ser considerado a obra prima da escritora, que equilibra comédia com seriedade, observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada."

Esta não foi minha primeira leitura de "Orgulho e Preconceito", mas muito tempo já havia se passado e minhas memórias do filme e do livro se confundiram, então eu precisava reler essa história e confirmar que sim, esse é um dos meus livros preferidos da vida. 

"Orgulho e Preconceito" é um romance de costumes, que reproduz e crítica a sociedade. E a obra de Jane Austen representa muito bem o gênero, porque a autora faz exatamente isso retrata a sociedade e critica tudo aquilo. Ela vai mostrar a busca desenfreado por casamentos vantajosos, os orgulhosos, os preconceituosos e até mesmo os ignorantes. E em meio a tudo isso ela cria um belo romance, sem deixar de expor os defeitos de seus personagens e lhes dá a devida lição.

Nosso casal principal, Elizabeth e Sr. Darcy, são personagens com personalidades muito fortes, ela sempre crítica e cheia de opinião e ele orgulhoso e superior. Quase impossível acreditar que dali nasceria alguma forma de amor. Afinal, nos primeiro momentos os dois não se suportam, preferem viver a trocar farpas e implicar um com o outro. Mas cada um recebe o que merece e acabam tendo que encarar as consequências de seu orgulho e preconceito.

As demais personagens são bem diversas e tão reais, que podemos encontrar muitas pessoas semelhantes até mesmo nos dias de hoje. Temos as irmãs de Elizabeth que só querem correr atrás de oficiais e não se preocupam com mais nada, a mãe casamenteira, os jovens inocentes apaixonados, os puxa-sacos e canalhas. "Orgulho e Preconceito" é um livro muito rico em seus enredos e personagens

A narrativa de Jane Austen é deliciosa, apesar de que no começo o livro é um pouco mais arrastado, mas quando a "ação" começa, a história fluí e é impossível largar sem saber aonde dará aquela história. Os diálogos são inteligentes e deliciosos e é impossível não se envolver com tudo que está acontecendo. Você se revoltará, sorrirá, se surpreenderá e terminará a leitura com um sorriso no rosto.

Pra mim esse livro é o melhor da autora, porque ela consegue consertar tudo que eu reclamo em "Razão e Sensibilidade". Tudo é perfeito e bem construído, quem dera se metade  dos romances fossem tão incríveis quanto esse. Com certeza terminei essa releitura confirmando que esse é um dos meus livros preferidos da vida, se não o mais querido deles. Leitura mais que obrigatória.

Ate o próximo post!
Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana