Resenha: Origem

26.2.18
Sinopse: "De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete "mudar para sempre o papel da ciência".
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento... algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch... e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo."


Antes de começar a falar sobre "Origem" quero que vocês entendam minha relação com o Dan Brown. Eu sempre gostei dos livros do autor, me lembro até hoje do meu encantamento quando li "O Código da Vinci" pela primeira vez e como esse livro ficou na minha lista de favoritas por muito tempo. Gosto muito dos outros livros dele, inclusive acho "Anjos e Demônios" espetacular. Mas já faz um tempo que as histórias dele não me pegam, para ser mais exata desde "Inferno". Mas o meu interesse pelo o que ele escreve foi enterrado de vez com "Origem".

"Origem" mais uma vez tem o esqueleto formado pela receita usual de Dan Brown, temos aqui uma revelação que irá mudar os rumos da história, um mistério envolvendo o responsável por essa revelação, Robert Lagdon e sua memória fotográfica, uma companheira maravilhosa que ajuda na busca por respostas, um perseguidor, muita arte e claro, uma crítica religiosa. Porém desta vez a receita não funcionou e o livro acabou solado. E isso acontece porque na verdade a base foi a mesma, mas o autor mudou algumas medidas nos ingredientes e isso prejudicou na fluidez do livro, transformando aspectos interessantes como descrições e informações sobre arte, tecnologia e cultura em algo maçante e cansativo. E cansativo é a melhor palavra para descrever esse livro.

Além das descrições terem se tornado chata ao invés de interessantes, temos também um Robert Lagdon apenas como um mero acessório, pra interligar esse livro com os demais do Dan Brown. O professor está perdido na história, em que nada tem haver com ele, com suas artes modernas e abstratas ou a tecnologia avançada, ele fica apenas como telespectador e quem é o grande "detetive" da história é Winston, o secretário de Edmond Kirsh. Lagdon se torna um espectador, não se parecendo em nada com o incrível professor que ajudou a descobrir a família de Cristo, ou que evitou que um papa errado fosse escolhido, ele se tornou ultrapassado, tal qual as antigas religiões e simbolismo que ele estuda.

Outra coisa que me incomodou foi que as histórias paralelas as do mistério de Edmond Kirsh não se conectavam e mesmo com a conclusão da história o autor não conseguiu amarrar todas juntas, pra mim ficou tudo solto, como se fizessem parte de livros diferentes. Fora que nenhuma história me interessou, a história da família real da Espanha é chata e teve um final muito sem sentido, o próprio Almirante Ávila não é tão interessante como os outros perseguidores da história de Brown e Ambra Vidal pra mim não passa de uma acompanhante medíocre.

O livro tinha tudo para ser interessante, com sua promessa de revelar de onde viemos e para onde vamos, mas as explicações da teoria de Edmond eram chatas e para mim só pareciam uma forma de criticar a religião. Mas aí no final o autor deixa pistas de que não é bem assim, que a religião não é esse monstro (que ele afirma em diversos livros dele), ficou parecendo uma tentativa de se desculpar das críticas ferrenhas que o autor fez anteriormente.

Concluindo, Dan Brown errou porque não fez nada de novo, mas errou também quando resolveu inovar demais. Na verdade, "Origem" é um livro com uma sucessão de erros, que não envolve ou encanta, pelo contrário, decepciona aos fãs de Dan Brown. No meu caso, me decepcionou tanto, que estou seriamente inclinada a não ler mais nenhum livro do autor, que vem decaindo livro após livro, o que é uma pena, afinal, seus primeiros livros eram um deleite para os fãs de literatura policial.


Até o próximo post!


Dorama: Oh My Ghost

25.2.18
Sinopse: "A vida de Na Bong Suh muda completamente quando é possuída por uma fantasma que gosta de seduzir homens."

Raramente comento de doramas por aqui, tem épocas que fico um bom tempo sem ver as "novelas" coreana, porém tento sempre falar sobre o mais recente que assisti. Mas o mais interessante é que os posts de doramas são os mais visualizados aqui do blog. Acredito que isso aconteça porque esse estilo de série tem entrado muito na Netflix e por falar neles, o drama de hoje foi assistido através deles.

Desde que comecei a me aventurar no mundo das séries coreanas vi uma vez ou outra alguém comentando sobre "Oh My Ghost", mas sempre lia a sinopse e ela não me pegava. Então um dia zapeando na Netflix resolvi dar uma chance para ele e MEUDEUS! Um dos melhores doramas que já assisti.

Bong-sun é ajudante no restaurante Kang Sun-woo, por quem ela nutre uma paixão secreta. Porém a garota só desperta a pena do famoso chef, por não consegui se concentrar na tarefas, porque a jovem consegue ver fantasmas. Um dia Bong-sun é possuída por uma fantasma que acredita estar presa na terra por ser virgem, então a vida da ajudante vira de cabeça pra baixo.


O dorama a primeira vista pode parecer apenas mais uma comédia romântica, mas não, "Oh My Ghost" acaba se tornando um grande mistério e por que não, uma espécie de história de terror. Isso mesmo, nos primeiros episódios vamos ter muita cena engraçada, depois o romance toma conta, aí o mistério começa a aparecer e os momentos finais são cheios de muito ação e uma cena de aterrorizar.


Os personagens deste drama são incríveis e os atores também estão maravilhosos. Gosto desde os coadjuvantes como a xamã Seobinggo, os caras do restaurante (que me arrancaram várias risadas dançando BIGBANG), a mãe do chef, o chef que é oppa muito maravilhoso, mas a menção honrosa vai para a atriz que faz a Bong-sun, que conseguia ser duas pessoas, e o policial Choi que também conseguiu desempenhar seu papel espetacularmente.


O romance da história é espetacular, porque comparado a todos os outros k-dramas, temos aqui beijos muito mais reais, deixando o envolvimento do casal mais natural e muito mais envolvente. Fora que aqui temos vários passos de uma relação, fugindo muito do estilo de doramas que o casal mal se toca.


Não tenho mais o que dizer sobre "Oh My Ghost" que não atrapalhe a experiência que é assistir esse dorama. Apenas, assistam essa maravilha na Netflix, porque até minha irmã que não curte ficou viciada e disse que tão cedo vai consegui assistir outra série.



Até o próximo post!

Book Haul de Janeiro e Fevereiro

18.2.18
Até o próximo post!

Resenha: É Assim que Acaba

12.2.18
Sinopse: "Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais."

"É Assim que Acaba" foi um dos livros mais aguardados da Colleen por se tratar de uma história em que ela se inspirou em sua própria experiência para escrever. O livro vai ser narrado pela Lily uma jovem que foi criada em um lar onde havia violência doméstica, ela acabou de conhecer o Ryle, um cara que tem receio de relacionamentos, mas por quem ela se sente muito atraída. Além disso ela ainda tem uma história de amor inacabada com o Atlas, um garoto que ela conheceu na adolescência.

Eu não fazia a mínima ideia do que se tratava esse livro, fui as cegas, e me deparei com assuntos que me incomoda profundamente, que são a violência contra mulher e os relacionamentos abusivos. Mas a maneira como a Colleen escreveu essa história foi muito diferente, você consegue entrar no lugar da vítima e entender o porque de certas atitudes dela, você também se encanta pelo agressor e acredita que ele pode mudar e isso é tão dolorido, mas você acaba deixando de apontar o dedo e isso é um soco no estômago.

A escrita da Colleen continua maravilhosa, eu devorei as 300 e poucas páginas e por mim se tivesse mais 300 eu leria. Principalmente, porque eu queria saber mais sobre o Atlas e eu acho que a autora poderia ter desenvolvido melhor o relacionamento dele com a Lily. Eu sei que a história era mais sobre Lily e Ryle, mas acho que a partir do momento que temos essa terceira ponta ela precisa ser mais bem desenvolvida.

Esse livro é um dos melhores da Colleen com certeza, mas não ganhou o lugar de favorito na minha lista, acho que ele está em 3º ou 4º lugar. Pra mim é um livro essencial por tratar de um assunto que precisa ser discutido e que tratou de uma forma muito delicada e eficaz, mas queria mais de Atlas e Lily.

Até o próximo post!

Resenha: Anne de Green Gables

5.2.18
Sinopse: "Tudo parecia confortável demais na vida dos irmãos Matthew e Marilla Cuthbert, mas o coração de Matthew começou a dar sinais de que a idade lhe havia chegado. Decidiram, não antes sem muita ponderação, adotar um menino, de uns onze anos, para que pudesse receber educação apropriada e ser o ajudante de Matthew. Mas, a mão da Providência já havia agido na vida deles, e através de um erro de comunicação, uma menina ruiva, tagarela e sardenta ocupou o lugar do menino. Anne, assim que chegou a Green Gables, fica sabendo do engano, mas com sua imaginação fértil e conversa afiada, já havia conquistado o coração de Matthew. E assim começa a história de suas aventuras fascinantes, com sua “amiga do peito” Diana, e sua competição com o inteligente e perspicaz Gilbert Blyhte. À medida que Anne foi aceita em Green Gables, ela conquista também a admiração de toda a cidade de Avonlea e o encanto do seu mundo de sonho e imaginação se espalha e vai contagiar você também."

Depois de assistir a série "Anne with an E" da Netflix, fiquei super curiosa para ler os livros da Lucy Maud Montgomery, em que a série é adaptada, claro que também não queria esperar até a segunda temporada para saber o que vai acontecer com a Anne.

O livro "Anne de Green Gables" é um clássico da literatura canadense e explora muito suas paisagens e a sociedade do local, por isso temos diversas descrições de lagoas, florestas, flores, neve e muitos costumes locais. Para algumas pessoas isso pode soar cansativo, mas eu gosto muito, porque me sinto transportada imediatamente para aquele local e um dos personagens daquela história.

A escrita da Lucy Maud é muito simples e envolvente, a leitura fluí e é daqueles livros que te fazem rir em vários momentos, se emocionar e se ver apaixonada por todos os personagens. Os personagens da história foram o que mais me encantou, principalmente, a Anne, acredito porque fui uma criança com a imaginação fértil e que falava pelos cotovelos.

Como a Anne é uma garota muito falante, temos vários parágrafos apenas dela falando sobre o clima, sobre as pessoas, sobre roupas, sobre amor e amizades. E apesar disso, eu não me irritei, pelo contrário, me vi encantada como todos os moradores de Green Gables.

A relação da Anne com os outros personagens é muito boa e é como se aquela garotinha tivesse chegado a Green Gables com a missão de dar mais vida aquelas pessoas, que seguiam com sua rotina. E é tão lindo ver o amor dos irmãos Cuthbert por aquela menina, mostrando que para ser pais são é preciso ser do mesmo sangue.

O livro apesar de se passar na infância e a adolescência de Anne tem seu toque de romance e já é possível ver que a rivalidade entre Gilbert Blythe e Anne Shirley vai se tornar uma linda historia de amor (que conseguiu aquecer até o meu frio coração capricorniano).

"Anne de Green Gables" é delicioso e te deixa com vontade de ler os próximos livros que contam as peripécias da órfã ruiva. Por isso já adquiri o meu "Anne de Avonlea" para saber o que será dessa história.

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Até o próximo post!

TBR de Fevereiro de 2018

4.2.18

Até o próximo post!

Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana